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Flávia

terça-feira, junho 12, 2007

Dos ficantes aos namoridos

“O ficante é o cara que te namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscrito no campeonato “Quem pega mais numa noite”, quando então ele será seu ficante por bem menos tempo – dois minutos – e irá à procura de outra para bater o próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma ficada , duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece, não acho natural coisa nenhuma. Considero um desperdício de energia. Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está falando do quê, de catadores de lixo?
Pegar, pega-se uma caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegue-e-use, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos. Pegar cá, pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração e casa, mas deixaram nada. Deixaram a personalidade em casa, isso sim.
No entanto, quem pode contra o avanço (?????) dos costumes e contra a vulgarização do vocabulário?” Marta Medeiros

1 Comments:

  • At 8:40 AM, Blogger Rafael said…

    Nossa!
    Ainda existe gente que pensa assim!

    Parece que o mundo não está perdido...Como eu era pessimista!

    Moça, obrigado por me fazer ter esperança nas pessoas, viu.. ehehe

    bjs

     

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